sábado, 25 de abril de 2009

25 Abril de 1974 - 35 anos depois

Comemora-se este ano o 35º Aniversário da "Revolução dos Cravos". Revolução essa que deu a Portugal, a reputação de ser a nação onde se deu uma "Revolução Pacífica" - sem mortes, sem sangue. Transmitiu a ideia de que nós, os portugueses, somos um povo de "brandos costumes". É o fim da Ditadura, a passagem para a Democracia, que tantos desejavam.
É verdade que vivemos 40 anos debaixo de um regime de Ditadura Salazarista, e concordo que a Ditadura, um regime político autocrático em que se inibe a livre vontade e a liberdade de expressão de um povo, é um regime que já não funciona. Sei que não posso falar do regime anterior, pois nasci 4 meses e meio depois do 25 de Abril - os meus pais sim - pois nasceram e viveram durante esse período e sabem muito bem o que é, não ter liberdade de expressão entre outros direitos que foram atingidos, com a chegada da Democracia. Na minha opinião, o regime democrático, é o mais justo e igualitário dos regimes políticos, pois vem do grego demo(povo) e cracia(poder), logo significa "O Poder do Povo", pois promove eleições livres, liberdade de expressão, igualdade entre homens e mulheres, mais justiça, liberdade religiosa, entre outros princípios que definem a Democracia. No entanto há um preço a pagar (como em tudo na vida) e penso que seja o de uma "Constante Vigilância" de boas condutas, pois mesmo tendo liberdade, devo saber fazer o devido uso da mesma, a fim de não cometer abusos(de poder, de condutas,etc.), e cair no que eu chamaria de "libertinagem" - que significa, fazer e dizer aquilo que me dá na real gana, mesmo que isso lese o meu próximo, que é completamente diferente de "liberdade de expressão" - que significa poder expressar livremente as minhas convicções e pontos de vista, no entanto respeitando o meu próximo.
Na minha opinião essa é a grande lição que a democracia nos ensina a nós enquanto seres humanos e cidadãos. No entanto confronto-me no meu dia-dia, com situações de pessoas que exercem a libertinagem em nome da democracia, o que para mim é um contra-senso, além de uma grande falta de respeito e de civismo. Nós portugueses, ainda temos muito a aprender no que diz respeito à democracia e à liberdade, especialmente na sua aplicação em termos práticos.
Cada um de vós, que tire as ilações que entender.
Um bem haja.
Bom Fim-de-Semana.

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