sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bobby Robson: Morreu o «Sir» que apadrinhou José Mourinho

Bobby Robson, um dos mais carismáticos nomes do futebol inglês e o homem que «apadrinhou» José Mourinho, morreu hoje aos 76 anos, depois de uma longa batalha contra um cancro nos pulmões. Três semanas depois de ter passado mais uma vez pelo Algarve, para marcar presença no «seu» torneio anual de beneficência, no Vila Sol, em Vilamoura, «Sir» Bobby Robson faleceu na sua casa, no condado de Durham, segundo um comunicado da família.
Um dos maiores símbolos do futebol inglês, Robson deixou também a sua marca em Portugal, numa passagem que começou logo depois de se ter sagrado duas vezes consecutivas campeão da Holanda, pelo PSV Eindhoven.
Foi também bicampeão em Portugal, ao serviço do FC Porto (1994/95 e 1995/96), depois de ter sido demitido do Sporting, clube ao qual chegou em 1992, pelas mãos de Sousa Cintra, presidente que viria a trocar o inglês por Carlos Queiroz na segunda temporada do inglês nos «leões».
Ao cabo de quase duas décadas como jogador, repartindo a carreira entre o Fulham, West Bromwich Albion e Vancouver Royals (Canadá), foi como treinador que o seu nome colheu maior respeito no mundo do futebol, embora tenha no currículo, ainda como futebolista, 20 internacionalizações, quatro golos e as presenças nos Mundiais de 1958 (Suécia) e 1962 (Chile) ao serviço da Inglaterra.
Foi também com a selecção inglesa, mas como treinador, que Bobby Robson se afirmou como um dos melhores treinadores da altura, servindo a equipa de «Sua Majestade» entre 1982 1990.
Em 1986, no México, chegou aos quartos-de-final, eliminado pela futura campeã Argentina, de Diego Armando Maradona. Quatro anos depois, em Itália, foi ainda mais longe, acabando por ser travado nas meias-finais, e nas grandes penalidades, pela Alemanha, que também viria a erguer o troféu. Logo depois da boa campanha no Mundial de Itália, foi condecorado com a Ordem do Império Britânico. Doze anos depois, recebeu o título de cavaleiro.
Muito antes de merecer o convite para a selecção, Bobby Robson iniciou-se como técnico em 1967/68, logo na época seguinte ao seu último ano como jogador. Arrumadas as botas, passou do relvado para o banco do Fulham, clube que representou durante 11 temporadas, jogando ainda cinco épocas pelo WBA.
Em 1981, na penúltima das 14 temporadas ao serviço do Ipswish Town, conquistou o seu primeiro troféu europeu, quando ganhou a Taça UEFA. Em 1997, com José Mourinho (que o tinha acompanhado desde a chegada ao Sporting) como fiel adjunto e os futebolistas lusos Vítor Baía, Fernando Couto e Luís Figo, ergueu, com as cores do FC Barcelona, a extinta Taça dos Vencedores das Taças.
Quase 38 anos depois de se ter iniciado como técnico no Fulham, Bobby Robson terminou a carreira após ter sido despedido do Newcastle, pouco depois do arranque da temporada de 2004/2005, e ao cabo de seis temporadas a orientar o clube do coração.
Fonte: Diário Digital / Lusa

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Air Pod

Quer ser uma lufada de ar fresco nos veículos urbanos. Chama-se AirPod, trabalha a ar comprimido e, segundo o construtor, encher o depósito, com autonomia de 220 km, custará apenas 1 euro.
Outros argumentos a favor: uma velocidade máxima de 70 km/h e Zero de poluição.
O pai da invenção é Guy Nègre que trabalha neste projecto há mais de uma década e que quer comercializar o veículo já a partir desta primavera, se conseguir até lá a homologação.
Fonte: Euronews

sábado, 18 de julho de 2009

Precisa-se de matéria prima para construir um país - por Eduardo Prado Coelho


Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta.
Precisa-se de matéria prima para construir um País Eduardo Prado Coelho - in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.

Agora dizemos que Sócrates não serve.E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito.
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
-Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS . Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier. Qual é a alternativa ? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados ! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO . AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO. E você, o que pensa ?... MEDITE !

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Língua Mirandesa

A língua mirandesa, ou mirandês, é uma língua românica do grupo linguístico asturo-leonês, com o estatuto de língua oficial na Terra de Miranda (norte de Portugal). É falada por quinze mil pessoas no concelho de Miranda do Douro e em três aldeias do concelho de Vimioso, num espaço de 484 km², estendendo-se a sua influência por outras aldeias dos concelhos de Vimioso, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Bragança.
O mirandês tem três dialectos (central ou normal, setentrional ou raiano, meridional ou sendinês); os seus falantes são em maior parte bilingues ou trilingues, pois falam o mirandês e o português, e por vezes o castelhano. Os textos recolhidos em mirandês mostram a envolvência de traços fonéticos, sintácticos ou vocabulares das diferentes línguas; o português é mais cantado pelos mirandenses, porque é considerado língua culta, fidalga, importante.

Tendo a língua mirandesa uma forte tradição oral, passando de pais para filhos ao longo dos tempos, só em 1882, por José Leite de Vasconcelos, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português, começou a ser investigada e fixada em escrita. Ele abre a História literária mirandesa publicando, na obra Flores Mirandesas, poesias suas e de Camões, e contos, histórias, lendas, fábulas, provérbios, adivinhas, cantigas d'amor, de humor, de devoção, etc., das aldeias de Miranda; escreveu ainda o ensaio "O Dialecto Mirandês", com o qual ganhou um prémio da Sociedade das Línguas Românicas de Montpellier (França), e os Studos de Filologie Mirandesa, volumes I e II, 1901.
Algumas diferenças fonológicas em relação ao português são:
1) palatização da consoante inicial L: LÍNGUA = lhéngua
2) manutenção das consoantes l e n em posição intervocálica: LUA = lhuna, MAU = Malo
3) palatização das consoantes duplas ll/nn/mn: CASTELO = castielho, ANO = anho, DANO = danho
4) ditongação da vogal breve e em posição tónica: FERRO = fierro, etc

Segue-se um texto amostra em língua mirandesa, escrito por Amadeu Ferreira, e publicado no jornal Público, a 24 de Julho de 2007. Para comparação, apresentam-se as traduções do texto para Leonês e para Português.

Mirandês

Muitas lhénguas ténen proua de ls sous pergaminos antigos, de la lhiteratura screbida hai cientos d"anhos i de scritores hai muito afamados, hoije bandeiras dessas lhénguas. Mas outras hai que nun puoden tener proua de nada desso, cumo ye l causo de la lhéngua mirandesa.

Leonês

Muitas llinguas tien arguyu de los sous pergaminos antigos, de la lliteratura escrita hai cientos d'años y d'escritores enforma famosos; guei bandeiras d'eisas llinguas. Peru hai outras que nun pueden tenere arguyu de nada d'eisu, comu ye'l casu de la llingua mirandesa.

Português

Muitas línguas têm orgulho dos seus pergaminhos antigos, da literatura escrita há centenas de anos e de escritores muito famosos, hoje bandeiras dessas línguas. Mas há outras que não podem ter orgulho de nada disso, como é o caso da língua mirandesa.

Fonte: Wikipédia

sábado, 4 de julho de 2009

Azinheira - A árvore da resistência

As azinheiras (Quercus ilex), também conhecidas como Carvalho, são árvores que chegam a medir até 10 metros, da família das fagáceas, de folhas discolores, ligeiramente espinhosas nos espécimes adultos, flores masculinas em amentos, as femininas em panículas, e frutos ovóides, revestidos, em parte, por escamas.
Nativas da região Mediterrânica da Europa e Norte da África, a sua madeira é dura e resistente à putrefação, sendo largamente utilizada, desde a antiguidade até os dias actuais na construcção (vigas e pilares), no fabrico de ferramentas, embarcações e barris para envelhecimento de vinhos. Ainda hoje, a sua madeira também é utilizada como lenha e no fabrico de carvão, que continua sendo importante fonte de combustível doméstico em muitas regiões Ibéricas.
Actualmente em Portugal (no Alentejo) e em Espanha,(na Extremadura) cultivam-se nomeadamente pelos seus frutos, as bolotas, que servem de alimento ao porco de montado (porco preto) para a produção do famoso "Jamón Serrano" (presunto). Além disso também servem como alimento para o homem, e comem-se torradas ou em forma de farinha, e pode-se fazer licor, que é a tipica bebida extremenha espanhola, conhecida mesmo como "O beijo extremenho". Os frutos também apresentam propriedades desinfectantes e, fervidos, são popularmente utilizados no tratamento de pequenas infecções.
Fonte: Wikipédia

Sophia de Mello Breyner - Busto inaugurado

Cinco anos após a sua morte, Sophia de Mello Breyner Andressen foi homenageada com um busto da autoria de António Duarte. A escultura, criada nos anos 50, foi inaugurada no dia 02 de Julho, no Jardim Augusto Gil, no miradouro da Graça, em Lisboa, local que a escritora costumava frequentar.

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