terça-feira, 21 de abril de 2009

Massacre de Columbine - foi há 10 anos

Foi precisamente há dez anos que ocorreu, o massacre de Columbine no dia 20 de abril de 1999 no Condado de Jefferson, Colorado, Estados Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris (alcunha ReB), de 18 anos, e Dylan Klebold (alcunha VoDkA), de 17 anos, dispararam a sangue-frio em vários colegas e professores.
Eric Harris e Dylan Klebold eram aparentemente adolescentes típicos de um subúrbio americano de classe média alta. Viviam em casas confortáveis. O pai de Klebold é geofísico, e a mãe, especialista em crianças deficientes.
Harris e Klebold deixaram uma nota, encontrada perto dos corpos: "Não culpem mais ninguém por nossos actos. É assim que queremos partir". Faltavam apenas 17 dias para o fim do ano lectivo. Com 1965 alunos, Columbine é tão boa que muitas famílias mudaram-se para Littleton, perto de Denver, com o objectivo de matricular os filhos na escola. Oitenta e dois por cento de seus alunos são aceites nas universidades. Columbine também se orgulhava de não registrar casos de violência. O policia de serviço apenas se limitava a multar alunos que estacionavam os carros nos lugares de estacionamento destinados a professores. Não há, como nas escolas de Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, detectores de metais na entrada. Na festa de finalistas, os alunos costumavam aceitar o pedido dos pais para proibir bebidas alcoólicas. Columbine era famosa por ser conservadora e privilegiar os jogadores das equipas de futebol americano, basebol e basquete. Foi esse o motivo da tragédia.
Harris e Klebold, óptimos alunos de boas famílias, não eram populares na escola. Preferiam os computadores às actividades desportivas. Encontraram a sua turma num grupo, a Máfia da Capa Preta. Ridicularizados pelos atletas, remoíam planos de vingança e extravasavam seu ódio na Internet. Harris, principal cabeça por detrás do ataque, tinha uma website, agora desactivado, no qual coleccionava suásticas e sinistros slogans neonazis e até dava receitas para o fabrico de bombas artesanais. No seu auto-retrato, escreveu: "Mato aqueles de quem não gosto, jogo fora o que não quero e destruo o que odeio". Já Klebold dizia que seu número pessoal era "420", possivelmente uma referência à data de nascimento de Hitler, 20 de abril.
Não se sabe como conseguiram as armas - duas caçadeiras, uma pistola semi-automática e uma caçadeira de assalto de 9mm, mas com certeza acharam na Internet a receita para fabricar as bombas. Um vizinho viu os dois, na segunda-feira, véspera do fuzilamento, partindo garrafas com um taco de basebol. Os cacos seriam usados como estilhaços nas bombas, e o vizinho não desconfiou de nada. Harris escreveu num diário os planos do ataque à escola. Um diagrama mostra como as armas seriam escondidas sob as longas capas de couro preto. Num exemplar do livro de curso do colégio, Harris decidiu, com palavras escritas sobre as fotos, quem ia morrer e quem seria poupado: "Morto", "morrendo" e "salvo".
Até o final da semana pairava no ar a suspeita de que os atiradores tinham contado com a ajuda de cúmplices no ataque. Duvidando de que pudessem carregar sozinhos mais de 30 bombas para dentro da escola, a polícia investigava outros membros da Máfia da Capa Preta. Entre a invasão da escola, às 11:30 da manhã, e a descoberta dos corpos pela polícia, às 4 da tarde, os cúmplices podem ter deixado o prédio misturados à multidão que conseguiu escapar. A equipe da SWAT ordenava que todos levassem as mãos à cabeça, mas não tinha como separar supostos atacantes de vítimas.
Centenas de alunos e professores, trancados nas salas, ouviam os tiros e explosões sem saber o que estava acontecendo. Muitos ligaram para casa pelos telemóveis, sussurrando, para pedir socorro. Harris e Klebold acompanhavam tudo pela TV da biblioteca, vendo a transmissão ao vivo do cerco à escola. No final, depois de meia hora de silêncio, a SWAT invadiu a biblioteca e encontrou os corpos dos dois cercados de outros, alguns irreconhecíveis. O sangue era tanto que a polícia divulgou a estimativa de 25 mortos. Só no dia seguinte, desactivadas todas as bombas, pôde-se retirar e contar os corpos.
Os dois tinham antecedentes criminais. Em janeiro do ano anterior, foram presos depois de arrombar um carro e roubar equipamento informático avaliado em 400 dólares. Condenados, tiveram de prestar 45 horas de serviço comunitário e fazer um tratamento psicológico destinado a pessoas que cometem infrações menores. No mês passado, completaram com sucesso o programa de recuperação.
No ano letivo de 1997-98, houve 42 homicídios em escolas americanas. O pior, até esta semana, aconteceu em março de 1998, quando dois rapazes de 11 e 13 anos mataram quatro colegas e uma professora numa escola do Arkansas. Nos anos 80, as escolas das grandes cidades, Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, eram campo de batalha de gangues. Nos anos 90, a violência migrou para subúrbios ricos e pequenas cidades rurais, e os matadores passaram a ser miúdos solitários e desequilibrados. "Eu não tinha outra saída", explicou o adolescente de 16 anos que em outubro de 1997, no Mississippi, matou a mãe em casa e depois, na escola, fuzilou dois colegas e feriu sete.
A cronologia do ataque à Columbine High School foi montada a partir de informações captadas pelas câmaras internas da escola, chamadas de emergência e as reportagens locais:
11:10 Harris e Klebold chegam à escola, e deixam seus carros no estacionamento do refeitório.
11:14 Deixam mochilas com cerca de nove quilos de explosivos no refeitório.
11:23 Eles esperam do lado de fora da saída oeste. Então sacam espingardas de caça e armas semi-automáticas e começam a atirar nos alunos. As pessoas começam a correr e um estudante faz a primeira ligação para os serviços de emergência.
11:24 Os alunos do refeitório percebem o que está acontecendo. Os funcionários tentam removê-los para locais mais seguros. Um carro de polícia chega e atira nos suspeitos.
11:27 A dupla entra na escola, atirando a esmo.
11:28 Eles entram na biblioteca, matando 10 e ferindo 12 pessoas em pouco mais de sete minutos. Eles atiram na polícia pela janela em direção ao estacionamento, onde as viaturas se reúnem.
Durante os próximos 40 minutos, Harris e Klebold percorreram a escola, atirando e deixando explosivos pelo caminho.
12:06 Minutos antes da equipa da SWAT entrar no prédio, os suspeitos se mataram dentro da biblioteca.
Como as autoridades não sabiam que os suspeitos estava mortos e como ainda havia explosivos instalados em redor do prédio, levou-se mais de três horas para que os serviços de emergência chegassem a todos os sobreviventes e encontrassem Harris e Klebold.
Fonte: Wikipédia

1 comentário:

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