terça-feira, 23 de março de 2010

O judeu é mais inteligente?

Por: Gilberto Dimenstein
Em entrevista à Folha, o cientista político norte-americano Charles Murray disse que a genética seria uma das explicações para a suposta inteligência superior dos judeus. Será?
Na condição de judeu, não acredito nessa influência genética. Não é só porque, para mim, superioridade genética e barbárie se confundem na história. Mas, como alguém que trabalha com educação, acredito que exista uma cultura específica que ajude na projecção de um povo que, apesar de ter apenas 12 milhões de pessoas, tem 25% dos ganhadores do Prémio Nobel.
O que existe entre judeus (e não só entre eles) é uma reverência obsessiva pelo conhecimento, que vem de gerações. É o chamado povo do livro. O rabino, a pessoa mais importante da comunidade religiosa, não tem força por ser um intermediário com Deus, mas por ser um intérprete das leis, ou seja, um intelectual. Livros sagrados são feitos de perguntas.
O ritual iniciatório do judeu não é matar um guerreiro ou passar por privações. Mas é ler um livro (a Torá). Ou seja, se quiser virar adulto terá de saber ler em pelo menos uma língua. O analfabetismo sempre foi muito baixo entre os judeus, o que assegurou uma rede de escolas.
A educação não é vista como uma responsabilidade apenas da escola. Mas, em primeiro lugar, da família e, depois, da comunidade. Educa-se em casa, na sinagoga e também na escola. Aprende-se, portanto, todo o tempo e em todos os lugares.
Como o judeu é o povo por mais tempo perseguido da história da humanidade, desenvolveu-se a sensação do desafio permanente. Isso se traduz na idéia de que o estudo é a melhor defesa -e também a coisa mais segura para ser carregada.
Nessa junção dos capitais humano e social, tem-se a receita não do desempenho intelectual de um povo, mas da força divina da educação, replicável por qualquer agrupamento humano.
Fonte: Gilberto Dimenstein, Folha Online

domingo, 14 de março de 2010

Bullying - como prevenir eficazmente

Os pais, professores e escola têm de trabalhar em conjunto para evitar casos de humilhação. No entanto ainda há muito por fazer.
-Alimentar a auto-estima da criança. Ela tem de aceitar a sua força e a sua fraqueza. Os adultos podem ajudá-la, sobretudo ouvindo-a.
-Dar liberdade controlada aos filhos. Atenção: superprotecções e a negligência podem gerar vítimas de bullying.
-Os encarregados de educação querem-se presentes, mantendo contacto próximo com os professores que, por sua vez, devem estar atentos ao que se passa no perímetro escolar.
-A escola tem de enfatizar todas as habilidades dos alunos - académicas, artísticas ou desportivas. Valorizar os pontos fortes ajuda a não ligar muito aos defeitos e gera uma atitude positiva em relação às fraquezas.
-Generalização de gabinetes de apoio aos alunos com as competências certas para lidar com casos de violência continuada.
-Maior presença de psicólogos nas escolas.
-Disciplina de Formação Cívica, promovendo as questões da Cidadania, a partir do 1º ciclo.
-Penalização dos pais dos agressores, retirando-lhes abonos de família, de forma a responsabilizá-los pelas acções dos filhos.
-Responsabilização dos agressores, através de sanções ou serviço comunitário.
-Colocar mediadores nos estabelecimentos de ensino, à imagem do que acontece em escolas de intervenção prioritária.
-Criar a figura do animador de recreio para combater a falta de auxiliares.
-Criação de jogos para treino de competências sociais, incluindo a aprendizagem da cooperação, através de dinâmicas de grupo, desempenho e troca de papéis.
-Promover com profissionais qualificados, acções de sensibilização nas escolas, procurando envolver os pais e responsabilizar os profissionais de educação.
-A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima lidera um projecto, em duas escolas do Norte, que aborda a violência e as relações pessoais.
-O Ministério da Educação criou, no ano passado, o Gabinete Coordenador de Segurança Escolar, que monitoriza as escolas à distância, em parceria com equipa Escola Segura, do Ministério da Administração Interna.
-Denunciar os casos de, usando, entre outros meios, a Linha S.O.S Bullying (808 968 888) ou o site portalbullying.com
Fontes: Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais, APAV, Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais, Confederação Nacional de Associações de Pais, Associação Nacional de Professores, Ministério da Educação, portalbullying.com, Revista Visão

quarta-feira, 3 de março de 2010

Face Oculta - Tribunal suspendeu jornalista do Sol

O subdirector do semanário Sol, Vítor Rainho, foi suspenso como assistente no inquérito do processo Face Oculta, pelo Tribunal de Aveiro, disse o jornalista à Lusa, acrescentando que já recorreu da decisão. "Alegam que, a partir do momento em que saiu a primeira notícia [com transcrições de escutas do processo], terei sido eu a fonte", explicou Vítor Rainho.
Fonte: Destak

segunda-feira, 1 de março de 2010

Voltar a andar

Reportagem "Voltar a Andar" do Jornal da Noite da SIC, no dia 30-08-2008, sobre o aparelho ReWalk, uma invenção israelita que permite que paraplégicos voltem a andar.
http://www.youtube.com/watch?v=xaXrR3JuOyw

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