quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Elefante na Escuridão

(...) Alguns hindus exibiam um elefante numa tenda e muitas pessoas juntaram-se para admirar esta maravilha. Mas como o lugar era demasiado escuro para se vislumbrar o elefante, tinham de apalpá-lo com as mãos para poderem ficar com a ideia de como era.
Alguém lhe apalpou a tromba e declarou que o animal era como uma mangueira. Outro apalpou a orelha e disse que parecia um leque enorme. Outro tocou-lhe na perna e convenceu-se de que era um pilar. Contudo, um outro tacteou-lhe o dorso e proclamou: - Estais todos enganados, meus irmãos, esta criatura não passa de um grande trono.
Ao teu olho voltado ao exterior é como a palma de uma mão:
A palma não agarra a globalidade do objecto...
Ah, tu que estás adormecido neste barco do teu corpo,
Apenas vês a água; contempla a água das águas.(...)
Masnavi, Jalaluddin Rumi
Fonte: "A Filha do Contador de Histórias", de Saira Shah


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