quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Reflexões...

"Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente me pode atormentar e decepcionar. No entanto quando a coloco ao serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isto é saber viver."
Charles Chaplin
"A mente que se abre a uma nova ideia, jamais volta ao seu tamanho original."
Albert Einstein
"Os homens são como os tapetes, ás vezes precisam de ser sacudidos."
Provérbio Persa
"A melhor coisa que podes fazer por uma pessoa, é inspirá-la."
Bob Dylan

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A Floresta no Distrito de Portalegre

Sendo Portalegre o distrito mais a Norte do Alentejo, naturalmente que as produções florestais assumem aqui um papel determinante no rendimento da terra, tendo por isso uma importância muito relevante, nos interesses sócio-económicos instalados.
No entanto e quase por contradição é também nas explorações agro-florestais com mais cortiça que absentismo, quero nível do aproveitamento da terra enquanto instrumento de produção, quer ao nível dos cuidados com as árvores, mais se faz sentir, muito por culpa dos altos rendimentos da cortiça e dos poucos impostos a que está sujeita, por isso impõe-se que em nome do superior interesse nacional se encontrem rapidamente formas de recuperação de mais valias para o povo português, geridas quer pelo estado, quer e porque não, pelas próprias autarquias locais enquanto representantes dos povos e que mais perto deles estão.
As produções florestais deste distrito resultam essencialmente das seguintes espécies:Sobreiro, azinheira, eucalipto, pinheiro bravo e outras, numa área total de 300.000 ha.
Os povoamentos existentes estão representados nas seguintes percentagens:
Sobreiro – 150.000 ha, cerca de 50%
Azinheira – 75.000 ha, cerca de 25%
Eucalipto – 45.000 ha, cerca de 15 %
Pinheiro bravo – 21.000 ha, 6 %
Outras espécies – 9.000 ha, 3 %
O sector florestal no distrito assegura ainda um número considerável de postos de trabalho na sua manutenção, na extracção e na transformação. São exemplo disso as empresas corticeiras fixadas no distrito que empregam mais de 500 trabalhadores.
A distribuição da floresta por concelhos revela que os montados de sobro dominam nos concelhos de Ponte de Sôr, Avis e Portalegre. E tem ainda boa implantação, em Alter do Chão, Castelo de Vide, Crato e Gavião.
Os montados de azinho dominam nos concelhos de Monforte, Arronches e Elvas.
O povoamento de eucalipto tem forte implantação nos concelhos de Nisa, Crato e Gavião.
Outras espécies, (castanheiro, carvalho, etc.) apenas aparecem nos concelhos de Portalegre, Castelo de Vide e Marvão sem que aqui se possam quantificar áreas com grande exactidão.
Perante esta realidade não há dúvidas acerca da importância para o emprego na agro florestal que as diversas fileiras tem no distrito, e também no contexto, social e económico conforme atrás referimos. No entanto e apesar do elevado interesse de todas elas para o produto interno do distrito são os montados de sobro os que mais nos preocupam, não só pelas razões já referidas, mas ainda pelo seu estado de degradação progressiva e que a manter-se, sem que sejam tomadas medidas urgentes, as produções suberícolas, começam de facto a ficar ameaçadas, tanto em quantidade como em quantidade.
Numa abordagem superficial deste problema como estamos hoje aqui a apresentar, não é possível, transmitir-vos o quão preocupante é esta situação, só quem por lá vive e labuta diariamente se apercebe da gravidade da situação.
Dada a importância do montado para o país e para o distrito, propõe-se:
Porque os problemas da floresta não abrangem só o distrito de Portalegre, porque se trata de um assunto de interesse nacional, pensamos que seria de grande importância o aprofundamento desta temática, se realizem encontros regionais para debate destas temáticas, envolvendo os técnicos, os produtores interessados, trabalhadores e agentes políticos.
Exigir desde já que o governo, aplique e faça cumprir a todos os agentes do sector a legislação em vigor de forma, a minimizar os efeitos negativos de práticas aplicadas, que não têm tido em conta a preservação do sector.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Elefante na Escuridão

(...) Alguns hindus exibiam um elefante numa tenda e muitas pessoas juntaram-se para admirar esta maravilha. Mas como o lugar era demasiado escuro para se vislumbrar o elefante, tinham de apalpá-lo com as mãos para poderem ficar com a ideia de como era.
Alguém lhe apalpou a tromba e declarou que o animal era como uma mangueira. Outro apalpou a orelha e disse que parecia um leque enorme. Outro tocou-lhe na perna e convenceu-se de que era um pilar. Contudo, um outro tacteou-lhe o dorso e proclamou: - Estais todos enganados, meus irmãos, esta criatura não passa de um grande trono.
Ao teu olho voltado ao exterior é como a palma de uma mão:
A palma não agarra a globalidade do objecto...
Ah, tu que estás adormecido neste barco do teu corpo,
Apenas vês a água; contempla a água das águas.(...)
Masnavi, Jalaluddin Rumi
Fonte: "A Filha do Contador de Histórias", de Saira Shah


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